Foi no dia 2 de fevereiro que o Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal, no âmbito da sua ação de vigilância, detetou um bloco de rocha de grandes dimensões, que apresentava indícios de instabilidade e uma extensa fissura de afastamento.
O bloco em questão fica na Rua Círio da Arrábida, logo após o terceiro túnel, a seguir à Praia da Figueirinha, no sentido Creiro. O troço da Rua Círio da Arrábida localizado entre as duas praias foi vedado a todos os tipos de circulação, sejam veículos motorizados ou velocípedes, bem como trânsito pedonal, durante o mês de fevereiro.
Desde então foram realizados os estudos preliminares conducentes à verificação das condições do problema detetado na encosta voltada para a estrada das praias e à definição do plano de intervenção, a qual se reveste de enorme complexidade, dada a dimensão e localização do bloco, em altura, o que impede a utilização de algum tipo de equipamento. Acresce a necessidade de retirar as barreiras dinâmicas de contenção daquela arriba, levando a que todo este processo, antes da operação de remoção, se afigure como demorado, envolvendo diversas valências.

Em reunião realizada a 27 de fevereiro, segunda-feira, com representantes de entidades com intervenção na área, como a empresa Secil, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Agência Portuguesa do Ambiente, GNR e Capitania, o presidente da autarquia, André Martins, com base na informação obtida dos especialistas, decidiu prorrogar o encerramento até ao final de março. Ou seja, o troço em questão continuará encerrado.
O autarca assinalou que, embora consciente do incómodo causado pelo fecho da via à população em geral e nas atividades económicas em particular, é fundamental limitar ao máximo os riscos existentes, protegendo pessoas e bens. Assim, enquanto decorrerem os diversos estudos, é preciso manter este corte de trânsito, sendo que a alternativa é usar a estrada superior da Serra da Arrábida, que se encontra devidamente sinalizada.
Durante o mês de março, após a conclusão dos estudos, será prestada informação ao público sobre o plano de execução definido e o que ele implica em termos de condicionamento da circulação, serão adotadas as medidas necessárias para a salvaguarda das vidas humanas, incluindo as dos técnicos que terão de proceder à intervenção.