A adoração a Nossa Senhora do Rosário de Tróia tem origem numa lenda. Segundo essa tradição, durante uma tempestade, um grupo de pescadores conseguiu salvar-se ao encontrar abrigo na Caldeira de Tróia. Aí, descobriram uma imagem de madeira nas margens, alegadamente vinda de uma embarcação estrangeira, o que os fez acreditar que foram salvos pela Virgem.
Em honra a Nossa Senhora do Rosário de Tróia, que é a santa padroeira dos pescadores de Setúbal, é realizada uma festa que já conta com mais de 100 anos de existência. O evento, que liga as duas margens do rio Sado, relembra a importância da comunidade piscatória para a região com várias atividades, religiosas e sociais, ao longo de cinco dias, sendo que o ponto alto é o momento do círio fluvial.
Este ano, as Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia realizam-se de 3 a 5 de agosto, como confirmou fonte da comissão de festas à NiS. O cartaz oficial será anunciado brevemente mas, como é habitual, as celebrações começam com o tríduo em honra da padroeira nos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto, previsivelmente, na Igreja de São Sebastião. Nestes dias, celebram-se missas por alma dos marítimos falecidos e familiares, sem esquecer as procissões nas praias.
É comum juntarem-se centenas de pessoas na praia da Caldeira de Tróia com música, baile e arraial. Decorre ainda o concurso de bailes engalanados que, mais tarde, navegam pelas águas do Sado com a imagem de Nossa Senhora do Rosário de Tróia, até Setúbal. Todos os anos, são milhares as pessoas que aguardam nas margens do rio a imagem da santa protetora dos pescadores.
Enquanto se realizam as festas, é tradição também o acampamento por parte de todos os fiéis na zona da Caldeira de Tróia. Para que tudo corra bem, existem regras que devem ser cumpridas por todos os que queiram participar nas celebrações. As medidas para 2024 ainda não são conhecidas.
