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Já pode passear na Baixa de Setúbal e deixar-se iluminar pela mais recente “Rua do Sol”

A Rua Antão Girão, com 200 metros, foi enfeitada pelos comerciantes. A iniciativa decorreu no âmbito do projeto “Abraça a Baixa”.
Rua Antão Girão, a "do Sol".

Se a zona típica da Baixa de Setúbal já tem, intemporalmente, a sua essência e bocados da história e tradição em cada canto, a verdade é que os comerciantes continuam a ter a preocupação de manter viva a importância e valorização da zona. Por isso, depois do Sado e da Arrábida, chegou a altura de homenagear o sol.

“Bem-vindos” é a placa que lemos assim que, desde o Largo da Misericórdia, nos deparamos ao entrar na Rua Antão Girão — é esta a zona, com cerca de 200 metros, que levou a mais recente decoração alusiva ao sol. As cores representam esta que é a maior estrela do Sistema Solar, com laranja, amarelo, vermelho e castanho suave, e ao contrário das ruas do Sado e da Arrábida há uma estrutura circular que remonta justamente à forma do sol.

São fitas que, além de fazerem sombra sobre a Antão Girão, iluminam tanto o sol como a Baixa de Setúbal. Há mais vida e cor e é mesmo esse o objetivo dos comerciantes desta rua que comparticiparam este projeto, com o apoio da Associação Riscas Vadias, no âmbito do projeto “Abraça a Baixa”, e da Câmara Municipal de Setúbal, que apoia com logística de montagem das estruturas, incluindo meios técnicos e humanos, durante vários dias, conforme informa a autarquia. 

A placa “bem-vindos” está traduzida em sete línguas diferentes, para que seja percetível que todos são — realmente — bem-vindos. Ainda que esta seja uma das zonas mais visitadas e conhecidas pelos setubalenses e turistas, ao longo dos anos, a Baixa tem perdido clientes e é esse o principal problema apontado pelos comerciantes. Têm surgido — para alterar este cenário — iniciativas que dinamizam o valor do local pelo município e por todos os interessados em reavivar este sítio que era o epicentro da cidade há alguns anos.

Visite.

Seja em relação às duas primeiras ruas decoradas — o Sado, na Rua Paula Borba, onde se vê uma imensidão de fitas azuis que remetem para o rio, ao longo de 130 metros, e também a Serra da Arrábida na Rua Álvaro Castelões, coberta com as cores da natureza que ganharam destaque nesta mesma arte e numa rua com a mesma dimensão — o apoio e a partilha de ideias foram também duas palavras-chave sempre presentes na conversa que a NiS teve com Susana Jones, 44 anos, e Carla Tavares, 57, ambas setubalenses e que pertencem ao grupo “Abraça a Baixa”.

Ao longo do processo, a união entre comerciantes foi sempre outro ponto a sublinhar por todos os envolvidos, além do sentimento de que a Baixa “não morreu”, aliás, segundo Carla, “só morre se as pessoas deixam de vir cá e há muita loja aberta. Têm de vir e consumir aqui, além de existir mais investimento. Em vez de criticarem, venham e desfrutem porque aqui acontece muita coisa”.

Este projeto das ruas decoradas e alusivas a vários temas, referentes à cidade e não só, estará patente até, previsivelmente, ao final do ano, mas não há nada a temer — as ideias até estão sempre a surgir e as invenções para outras épocas festivas começam a fervilhar. O foco da Associação Riscas Vadias é a cultura, mas a associação não limita a sua ação apenas a este bairro. Surgiu também a oportunidade de trabalharem na dinamização da Baixa e assim nasceu o projeto “Abraça a Baixa” numa espécie de simbiose entre todos os que trabalham e defendem esta importante zona histórica e turística de Setúbal.

Carregue na galeria e veja algumas fotografias do processo de construção deste novo projeto de dinamização da Baixa de Setúbal.

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