Num recanto verde no coração da cidade, as Hortas Urbanas de Setúbal celebraram 12 anos com um final de tarde repleto de sabores, música e boa disposição. A festa, que decorreu a a 29 de junho, juntou hortelões, familiares, convidados e técnicos municipais num momento descontraído nos Viveiros das Amoreiras, local que acolhe este projeto de referência da cidade.
Com a presença da vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, responsável pelo pelouro do Ambiente, o aniversário serviu não só para assinalar a longevidade da iniciativa, mas para reforçar a importância da sustentabilidade, da agricultura biológica e da criação de laços comunitários.
As Hortas Urbanas ocupam uma área de 1,5 hectares, dividida por 138 parcelas. Algumas estão abertas à comunidade, outras são destinadas a trabalhadores da autarquia e algumas foram especialmente concebidas para pessoas com mobilidade reduzida, em terrenos sobrelevados para facilitar o acesso.
Cada uma tem 30 metros quadrados e o seu uso implica um pagamento mensal de 7,5€, destinado a comparticipar as despesas com a manutenção e água. A adesão está sujeita a critérios sociais, como rendimentos do agregado familiar e situação profissional, sendo priorizados munícipes em situações de maior vulnerabilidade económica.
Mais do que um espaço para semear e colher, estas hortas representam um verdadeiro elo entre sustentabilidade ambiental e inclusão social. Os utilizadores têm direito a usar composto orgânico produzido no local, armazenar ferramentas em espaços comuns e beneficiar de instalações sanitárias e zonas de circulação. Tudo isto de forma a acrescentar qualidade ao quotidiano urbano e poupança à economia dos agregados familiares.
Disponíveis todos os dias da semana, com horários alargados de abril a setembro (das 7 horas às 21) e de outubro a março (das 8 horas às 19), as Hortas Urbanas foram pensadas para quem procura não apenas uma alternativa económica para abastecer a casa com produtos frescos, mas para quem deseja um refúgio dentro da cidade, onde pode produzir de forma sustentável e ter um maior contacto com a natureza.
Ao fim de 12 anos, o projeto continua a crescer e a florescer, afirmando-se como um exemplo de como pequenos espaços urbanos podem transformar-se em motores de cidadania, educação ecológica e qualidade de vida para os citadinos.
