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Estuário do Sado inspira última oficina artística do projeto Atlas Coletivoh

A última sessão das Oficinas do Inacontecível tem como objetivo explorar de forma artística a paisagem do Estuário do Sado.

A próxima e última sessão das Oficinas do Inacontecível acontece no dia 16 de novembro, numa autêntica imersão sensorial no Estuário do Sado, em Setúbal. Esta iniciativa insere-se no projeto artístico e comunitário Atlas Coletivo – Inventário de uma Paisagem, desenvolvido pela Associação Projetor Verde, em parceria com o município de Setúbal e várias entidades culturais e ambientais.

A oficina, conduzida por Ema Inácio, da plataforma Terra.Corpo, convida os participantes a explorar a paisagem híbrida da Foz da Ribeira da Marateca, entre natureza, rio e indústria. O ponto de encontro está marcado para as 10 horas no cais da Eurominas, na zona industrial da Mitrena.

Uma das características distintivas desta oficina é o seu carácter aberto e inclusivo. Não é necessária qualquer experiência artística prévia para participar. Os participantes são convidados a explorar as discrepâncias e tensões que caracterizam a paisagem única do Estuário do Sado, inventando novos enquadramentos artísticos e modos de olhar o espaço entre a natureza e o território industrial. Esta é uma experiência performativa e contemplativa, onde se promove uma aproximação poética ao espaço vivido.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do email atlascoletivo2025@nullgmail.com. Recomenda-se o uso de roupa e calçado confortáveis, uma manta ou toalha para se sentar no chão e um caderno de notas pessoais para registar pensamentos, sensações ou criações.

O nome escolhido para as oficinas, “Inacontecível”, é, em si, um manifesto. Um termo criado de raiz para este projeto, que se define como “a possibilidade infinita do que ainda não aconteceu, uma reflexão sobre a continuidade e a descontinuidade do tempo, onde cada participante é simultaneamente memória e criação de futuro”. Um corpo que lê a paisagem e escreve nela a sua própria presença.

O ciclo, que passou por vários locais do concelho, propõe novos modos de ver, sentir e habitar o território, através da arte como ferramenta de envolvimento e reconfiguração sensível do espaço. Cada sessão articula práticas de criação, movimento, escrita e diálogo, sempre com o foco na poética da paisagem.

A iniciativa é organizada pela Associação Projetor Verde e financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do Programa Cultura – Apoio à Criação Artística, em parceria com os municípios de Setúbal e de Alcochete.

A última oficina, no coração do Estuário do Sado, promete ser o fecho simbólico de um ciclo onde a arte, o território e a comunidade se encontraram para pensar e sentir em conjunto.

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