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Apaixonou-se por Melides há 20 anos. Agora, quer partilhar esse amor com os outros

A lisboeta Filipa Taquenho adora passar férias na aldeia de Grândola, onde decidiu criar um alojamento.
Fica em Melides.

Melides é um destino cada vez mais popular para turistas (e muitas celebridades) que escolhem passar férias em Portugal — que e querem encontrar um refúgio calmo e tranquilo. O francês Christian Louboutin, por exemplo, foi um dos que se apaixonaram pela pequena aldeia costeira de Grândola. Tanto foi assim que até comprou uma casa por lá e tem investido em projetos hoteleiros nos últimos anos.

A verdade é que é difícil não se deixar encantar pela beleza e serenidade de Melides. Além do designer de sapatos, a arquiteta Filipa Taquenho, é apaixonada pela região. É de Lisboa, tem 51 anos, mas é a cerca de uma hora e meia da capital que tem passado férias nas últimas décadas. 

“Há mais de 20 anos que venho passar férias à zona de Grândola, como a Comporta, mas sempre quis ter alguma coisa aqui em Melides, que é um sítio mais calmo”, conta à NiT. Quando descobriu, por uns amigos, que estavam duas “casas simples” à venda na freguesia, a cerca de 10 minutos de carro da praia, não pensou duas vezes: já que passava lá tantos fins de semana, fazia sentido ter ali o seu próprio cantinho.

Adquiriu as propriedades há 18 anos e, como tinha experiência na área, avançou com obras de intervenção, especialmente na parte interior. “Partiu-se quase tudo por dentro, até porque as casas não eram utilizadas todos os dias e era preciso uma renovação total”, adianta. 

Nunca as viu como uma oportunidade de negócio: era para passar férias, e nada mais. O máximo que fazia “emprestar” a segunda propriedade a alguns amigos e familiares, para que todos pudessem ter momentos de convívio, que ajudavam nos custos. Afinal, a única coisa que separa as duas habitações era um alpendre e podiam partilhar todos os espaços comuns. 

Com o tempo, principalmente na altura da pandemia, começou a perceber que o terreno, com cerca de 14 mil metros quadrados, era demasiado grande para não ser partilhado com outras pessoas que, assim como ela, queriam um refúgio sossegado afastado da azáfama das grandes cidades. Em agosto deste ano, abriu ao público as Casas da Boavista, que tanto podem ser alugadas individualmente ou em conjunto, para as famílias ou grupos de amigos numerosos — tem capacidade para receber um total de 18 hóspedes.

As habitações são praticamente iguais e cada uma dispõe de três suites, sendo que uma delas pode ter até quatro camas. Com dois pisos, têm ainda uma sala de jantar com lareira e cozinha em open space, e outra área de refeições ao ar livre no alpendre, onde todos se podem juntar. 

No exterior, os hóspedes podem ainda aproveitar para mergulhar na incrível piscina ou passar a tarde nas espreguiçadeiras, à sombra das árvores. “O terreno tem alguma relva, mas ainda não está totalmente arranjado. Quero criar alguns caminhos e trilhos, fazer recantos de leitura e baloiços, para aproveitar todo o espaço”, sublinha. 

Agora, a ideia é continuar a dinamizar o projeto para que os hóspedes percebam que Melides não precisa de “ser um destino sazonal”. É conhecido pelas praias, mas há outras atividades que se podem fazer no inverno também. “Gostava de fazer trilhos de bicicleta e passeios, tanto para a praia e para a serra, e juntar grupos para jogarmos golfe, até porque temos campos que ficam a cerca de meia hora da propriedade”, admite.

Quanto à estadia, os preços começam nos 800€ por noite, na época baixa. Ou seja, se for os 18 hóspedes, rondaria os 44€ por pessoa, as duas casas. As reservas podem ser feitas através do Instagram.

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