Foi por volta da década de 80, num dos muitos passeios que Manuel Beatriz, engenheiro civil, dava na zona de Azeitão, que viu um terreno com vinhas, no sopé da Serra da Arrábida. E pode até não ter sido amor à primeira vista, mas foi — e continua a ser — um amor eterno e que serviu de casa a tantos outros que nasceram nos casamentos realizados na Quinta de Catralvos.
A compra inicial destinava-se a uma casa de férias. Só que acabou por ser bem mais do que isso. Surgiu o gosto pela área do enoturismo e pela vitivinicultura. Afinal, o ambiente e toda a paisagem natural, de vinhas e campo, era convidativa ao começo do negócio. O primeiro passo foi reconverter a vinha antiga para vender uva. Seguiram-se, depois, os projetos que hoje caracterizam o espaço.
Em 2003, Manuel construiu uma adega com o propósito de produzir vinho e receber turistas — com loja, alojamento, salões para casamentos e a ideia, na altura, pioneira, de fazer provas e visitas à adega. Assim, a casa de férias passou a residência familiar, um enoturismo, alojamento local e quinta de eventos. O engenheiro, agora com 90 anos, mora numa casa que fica na propriedade.
As árvores têm um significado muito importante na história deste negócio e na construção da imagem do rótulo dos vinhos. O sobreiro para os vinhos de topo e a laranjeira para os de entrada. Ambas as espécies compõem a envolvente da adega, com vista para a Arrábida.
Há outras espécies, como o medronheiro e a alfarrobeira, e todas têm o mesmo propósito sentimental: são uma evocação da serra algarvia. É lá que estão as raízes de Manuel Beatriz, nascido em São Brás de Alportel, criado no Montijo e rendido ao vinho a partir do dia em que esta quinta lhe surgiu ao caminho.
“É o tronco, que ergueu tudo isto”, diz a filha, Inês Beatriz, 54 anos, que assume a gestão do negócio de família. “Os ramos são as filhas, netos, pessoas que aqui trabalham. E as folhas são os clientes, fornecedores e toda a gente que se relaciona com Catralvos”, acrescenta. Os vinhos chamam-se apenas Catralvos por uma questão de marca, mas também de posicionamento. Não queriam estar na liga da grande escala, mas manter o foco naquilo que melhor traduz os cerca de 20 hectares de vinha.
Além da área do enoturismo e do alojamento, está, claro, associado o negócio de aluguer do espaço para eventos, nomeadamente casamentos. A partir da altura em que começa a época, por volta de abril, o calendário tende a completar-se rapidamente. A ideia de partilhar a quinta para este género de acontecimentos, surgiu depois da iniciativa da produção de vinhos. Existe a parte do salão — que recebe cerca de 350 a 400 pessoas — e a sala DOC, sendo que esta última funcionou durante vários anos como restaurante gourmet, com um chef, com menus de degustação. No entanto, acabou por encerrar.
Depois disso, fixou-se uma equipa que servia os eventos, na sua maioria os casamentos, embora se realizem outro tipo de encontros, como jantares de Natal de empresas ou batizados. Além disso, e por ser um espaço versátil, há a possibilidade de fazer um casamento no Pateo das Ânforas, na parte exterior. Caso o tempo não permita, é sempre possível alterar os planos, com alternativas asseguradas.
No caso da Quinta de Catralvos, além de terem o próprio espaço, têm serviço de catering, que pode servir, inclusive, em outros locais de Azeitão. Exemplo disso é a Quinta das Torres, com quem mantêm uma relação de há vários anos, e a quem prestam esse tipo de serviço, com ementas específicas. Existe também a decoração standart, que pode optar por escolher, mas não é o principal foco do negócio, e pode até existir um complemento de outra empresa, que queiram contratar. Há até uma parceria com uma florista.
À sexta e ao sábado há um número mínimo de convidados exigido que, para 2025, é de 140 pessoas. Nos restantes dias, reduz para 100 (só adultos). Há três tipos de ementa, para vários géneros de evento, entre batizados e grupos, além do casamento. Todas têm diferenças, sendo que cada menu está adaptado ao tempo de duração e ao acontecimento.
No caso dos casamentos, os aperitivos, a mesa de doces e frutas, a mesa de queijos, os vinhos e bolo de noivos, espumante e bar aberto estão incluídos em todas as opções de ementa. Os preços para 2025 começam nos 89,75€ (sem IVA), no caso da ementa 1, e vai até aos 113,5€ (sem IVA), para a ementa 6. Pode sempre acrescentar extras, com as informações no folheto enviado aos noivos.
No preço das ementas está incluído o aluguer do espaço, a decoração floral e o catering. Caso existam sobras das mesas do buffet e seja solicitado até ao dia anterior ao evento, os noivos poderão trazer recipientes descartáveis para o seu acondicionamento e recolha na manhã posterior ao dia do evento.
As fases de provas decorrem normalmente entre janeiro e março. Os noivos provam duas opções de cada prato para definição da ementa e também realizam a degustação dos vinhos correntes, incluídos no preço, mas com opção de upgrade. São 8 horas de aluguer de espaço. Cada hora extra custa 250€.
A realização da cerimónia civil na Quinta de Catralvos tem um custo de 450€ (sem IVA) e inclui cadeiras, mesa de celebração atoalhada e centro floral para a mesma. Há oferta de 1 hora extra no serviço.
Em termos de alojamento local, há cinco quartos, dois deluxe (128€) e três standart (118€). Nos eventos, há um desconto, e o valor passa a ser de 108€. A estadia dos noivos é oferta. Há ainda opção de alugar apenas o espaço, sem serviços de catering e decoração. O preço é de 27,5€ (sem IVA) por pessoa.
Carregue na galeria e fique a conhecer todos os cantos da Quinta de Catralvos.