Com o início do ano letivo, surgem vários desafios para os professores, os alunos e a comunidade escolar. Um deles é a diversidade de miúdos que estão inseridos na mesma sala, com competências e dificuldades cada vez mais heterogéneas. Dentro destas, surgem as dificuldades no processamento sensorial e o impacto que têm na participação no dia a dia na escola. Torna-se, então, imperativo garantir a sua inclusão nesse contexto. Mas, o que é a inclusão e como a podemos promover nas escolas para crianças com estas dificuldades?
A inclusão é um conjunto de pensamentos e ações que promovem a equidade de oportunidades de cada pessoa. No contexto escolar, a inclusão manifesta-se através da educação e das rotinas escolares, dando a oportunidade, a cada aluno, de participar e se envolver em todas as atividades e experiências escolares. Para que essa participação seja equitativa, pressupõe-se que o ambiente escolar se adapte e se criem as condições necessárias para ser um ambiente facilitador da sua participação. Assim, a inclusão escolar pretende responder à diversidade das necessidades e características de todos os estudantes, promovendo a participação e a aprendizagem.
De forma a promover a inclusão escolar, em 2018, surgiu o decreto-lei 54/2018. O mesmo defende uma “escola inclusiva, onde todos e cada um dos alunos, independentemente da sua situação pessoal e social, encontram respostas que lhes possibilitam a aquisição de um nível de educação e formação facilitadoras da sua plena inclusão social” (Diário da República, 2018). Uma educação inclusiva irá proporcionar a inclusão de cada miúdo na comunidade, o que, no futuro, irá promover a sua participação e envolvimento em atividades da vida adulta, tornando-se em jovens e adultos com maior independência e autonomia. Estas medidas englobam todas os pequenos, defendendo que cada uma é única e necessita de condições diferentes para atingir o seu potencial.
Miúdos com dificuldades no processamento sensorial podem apresentar dificuldades em receber, interpretar e integrar estímulos em um ou mais sistemas sensoriais. Estas dificuldades manifestam-se através dos comportamentos que apresentam, podendo demonstrar comportamentos emocionais intensos (choro ou gritos), de fuga ou evitamento. Assim, pode condicionar a participação nas atividades e rotinas da escola, afetando também a sua participação social e, consequentemente, a sua inclusão.
A escola é um ambiente multissensorial, com uma variedade de inputs, principalmente, auditivos, visuais e táteis, podendo tornar-se num ambiente exigente para miúdos que tenham dificuldade no processamento sensorial de um ou mais estímulos. Para que sejam capazes de participar e se envolver nas atividades em contexto escolar, torna-se essencial compreender e adaptar o ambiente.
Nós somos e transformamo-nos no que fazemos. Ao dar a oportunidade a todos os alunos de participar ativamente nas atividades escolares, estamos a torná-las em estudantes que se sentem capazes e felizes. E só assim, vamos conseguir promover a sua aprendizagem e o seu bem-estar – aprendemos onde nos sentimos seguros, capazes e incluídos.
Mas então, como podemos colocar a inclusão de alunos com estas dificuldades em prática? Há sugestões para a promoção da inclusão em contexto escolar de miúdos com dificuldades no processamento sensorial ou com algum diagnóstico onde estas dificuldades também se manifestem. Para mais informações acerca de como pode marcar uma consulta, consulte o site da clínica setubalense Mentes INquietas.
Percorra a galeria e conheça as sugestões de inclusão em contexto escolar para alunos com dificuldades no processamento sensorial.