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Assustador. Casos de cancro em pessoas com menos de 50 anos aumentaram quase 80%

Novo estudo identificou fatores de risco que contribuem para estes valores. Dados equivalem a quase dois milhões.
Os números dispararam.

Sabe-se que o cancro da mama é a doença oncológica com maior prevalência, à frente do cancro do pulmão na lista de diagnósticos. É certo que este aumento de quase 20 por cento dos casos da doença em Portugal, registados na última década, já é preocupante. Porém, novos dados mostram que a emergência é ainda maior, nomeadamente nas ocorrências mais precoces.

Entre 1990 e 2019, o número de casos de cancro em pessoas com menos disparou em cerca de 79 por cento. Os dados foram divulgados pelo mais recente estudo publicado no Jornal de Oncologia Britânico, resultado de uma colaboração entre as universidades de Edimburgo (Escócia) e Zhejiang (China).

Segundo a análise, registaram-se 1,8 milhões de novos doentes com uma idade inferior a esta faixa etária em 2019, o que simboliza um crescimento esmagador face a 1990. A mortalidade também aumentou em 28 por cento, sobretudo em adultos entre os 30 e os 40 anos.

Um dos objetivos deste estudo foi identificar os principais fatores de risco. Para isso, os investigadores basearam-se num estudo publicado em 2019, Global Burden of Disease, com dados de 204 países e 29 tipos de cancro.

O consumo excessivo de álcool, o tabaco e ausência de uma alimentação saudável e equilibrada são apontados como alguns dos casos que têm levado a estes valores em pessoas a partir dos 14 anos. No entanto, a genética também tem um papel preponderante nos diagnósticos excessivos.

“A morbilidade do cancro de início precoce continua a aumentar em todo o mundo, com variações notáveis na mortalidade e na esperança de vida saudável entre regiões, países, sexo e tipos de cancro”, afirma o estudo. “O incentivo a um estilo de vida saudável poderia reduzir a carga da doença do cancro de início precoce.”

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