Domingos Machado nasceu em 1950 em Moura, no Baixo Alentejo, mas aos 16 anos mudou-se para Lisboa. Foi em dezembro de 1973 que se vestiu de travesti pela primeira vez. Nessa altura cumpria serviço militar no Ultramar, em Luanda.
Ficou lá dois anos, também devido ao 25 de Abril, uma vez que era radio-telegrafista. Foi em Lisboa, em 1976, no bar Memorial, que se tornou transformista profissional. Nos anos seguintes, o seu trabalho começou a destacar-se, até que criou o grupo Travecoop.
O homem que deu vida a Belle Dominique, travesti que ficou célebre no programa “Minas e Armadilhas” e não só, apresenta-se ao público, na maior sala de espetáculos da cidade de Setúbal através dos atores e atrizes da Companhia de Teatro de Setúbal, relembrando que a vida nem sempre foram plumas e lantejoulas. A peça trata-se de uma reflexão sobre a ascensão a estrela da televisão e da noite Alfacinha e o envelhecimento como forma de esquecimento, numa comparação transversal a outras profissões ligadas ou não à arte.
A exibição conta com a interpretação de Bruno Frazão, Renato Assunção, Joel Carvalho e Natália Abreu. O piano fica a cargo de Artur Jordão, enquanto que a cantora que sobe ao palco é Paula de Melo Cruz. Tiago Madeira, Paulo Alexandre, Marlene Lourenço e Sara Margarida são os bailarinos.
O espetáculo é apresentado no Fórum Municipal Luísa Todi este domingo, 29 de janeiro, às 17 horas. Os bilhetes custam 10€ e encontram-se à venda online.