Estávamos em 2017 quando um caso tenebroso invadiu as televisões espanholas. No carro carbonizado encontrado perto de Barcelona estava escondido um corpo que, saber-se-ia mais tarde, pertencia a Pedro Rodríguez, um agente da Guardia Urbana da cidade. Tudo indicava que se teria tratado de um homicídio. Mas quem era o culpado?
À medida que a polícia investigava e que os detalhes começavam a chegar à imprensa, mais a opinião pública se agarrava a este autêntico crime de filme de Hollywood. No centro desta história estavam Rosal Peral e Albert López, também eles agentes da Guardia Urbana, envolvidos numa teia de relacionamentos tóxicos, recheados de traições e de violência.
É esta a história que sustenta “Corpo em Chamas”, a nova minissérie original espanhola para a Netflix que conta com uma cara conhecida no papel de protagonista. Trata-se de Úrsula Corberó, a conhecida Tóquio de “La Casa de Papel”, que chega acompanhada de Quim Gutiérrez, José Manuel Poga, Isak Férriz e Eva Llorach.
A produção sexta-feira, 9 de setembro, e em poucos dias tornou-se numa das mais vistas em Portugal, onde ocupa o segundo posto do ranking. O sucesso replica-se lá fora, com um quarto lugar no top global da plataforma de streaming.
A par com o lançamento da minissérie, a Netflix, que sabe bem como explorar o género criminal, aproveitou para estrear um documentário que recorda o caso, os testemunhos e o desfecho. “As Gravações de Rosa Peral” estreou segunda-feira, 11 de setembro.
“Corpo em Chamas” é, no fundo, a reconstrução de um assassinato cruel contada em oito capítulos. Rosal tinha já duas filhas quando conheceu Pedro Rodríguez, com quem acabou por casar. Conhecera-o em ambiente de trabalho, na Guardia Urbana de Barcelona. Mas foi entre colegas que conheceu Albert López com quem desenvolveu uma relação extraconjugal.
Peral e López, este último com algum historial de episódios violentos, ficaram automaticamente na mira das autoridades, à medida que foram desvendadas as complicadas relações entre o trio. A mulher, mesmo em julgamento, nunca confessou o crime.
Alegou que tudo não passou de um acidente, que provocou a explosão que depois incinerou o automóvel onde seguia Pedro. As relações de Peral foram também desmontadas e revelou-se que nem tudo era o que parecia.
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