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“Sherlock Holmes da geração Z.” A crítica está apaixonada pela nova série da Disney+

"A Murder At The End Of The World" estreou nesta terça-feira no streaming. É um thriller sombrio com momentos de romance.
É um thriller com toques de romance.

A história pode ser semelhante a “Glass Onion”, a sequela de “Knives Out”, mas o clima é muito mais intenso e sombrio. Em “A Murder At The End Of The World”, a nova minissérie da Disney+ que estreou na terça-feira, 14 de novembro, acompanhamos um grupo de jovens adultos que foi convidado para um retiro na ilha privada do bilionário e “rei da tecnologia” Andy Ronson (Clive Owen), na Islândia.

O grupo começa por falar sobre os grandes problemas que afetam a nossa sociedade, como as alterações climáticas. “Os factos são hilariantes, mas são factos”, afirma, a dada altura, o anfitrião. Mas o que prometia ser umas férias de sonho rapidamente se torna num pesadelo quando um dos membros é assassinado misteriosamente.

O que acontece depois pode ser comparado aos livros e adaptações cinematográficas dos maiores sucessos de Agatha Christie. Numa perseguição de gato e rato, todas as esperanças estão depositadas em Darby Hart (Emma Corrin), que é frequentemente chamada de “Sherlock Holmes da geração Z” pelos seus colegas (a personagem tem 24 anos).

Resolver crimes não é algo novo para a protagonista. Ao longo dos sete episódios que serão lançados semanalmente (com exceção dos dois primeiros que já estrearam na plataforma), os espectadores viajam entre o passado e o presente da detetive de sucesso.

Quando era adolescente, Daby usou as suas capacidades tecnológicas para ajudar a revelar a identidade de um serial killer. No entanto, não o fez sozinha. A ajudá-la teve Bill (Harris Dickinson), outro jovem que conheceu online, em fóruns de true crime, e pelo qual se apaixonou. É verdade, além de ser um thriller e uma série de mistério, “A Murder At The End Of The World” conta-nos um romance inesperado.

Tal como acabamos por descobrir, o casal já não está junto na atual linha de tempo, mas o amor que Darby sente pela investigação manteve-se sempre vivo. Em Nova Iorque, onde vivia antes de ir para a ilha, ajudava a desvendar casos macabros e, ao mesmo tempo, promovia um livro de sucesso que escreveu sobre o primeiro assassino em série que alguma vez apanhou. O novo homicídio, contudo, será mais difícil de resolver.

A produção realizada por Brit Marling e Zal Batmanglij, também responsáveis por “The OA”, está a receber inúmeros elogios entre a crítica especializada e público. No Rotten Tomatoes, por exemplo, tem uma avaliação de 83 por cento por parte dos especialistas.

O “The Guardian” também está rendido à produção: avaliou “A Murder At The End Of The World” com quatro estrelas em cinco. Segundo a publicação britânica, a protagonista é um dos grandes destaques do argumento — é “extremamente sedutora como o Sherlock Holmes da geração Z”.

Os críticos também exaltam a atuação de Harris e a química que existe entre o casal. “Corrin e Dickinson são fantásticos e carregam a história às costas. A série fala de muitos temas, mas admiramos a ousadia. Pode não ser perfeita, mas ficámos completamente fascinados”, descreve.

A revista “Time” foi outro exemplo que mostrou o seu agrado com o projeto, mas teceu-lhe críticas, embora leves. “Alguns episódios são muito longos, e a narrativa estagna a meio da temporada. Tal como em ‘The OA’, ‘Murder’ precisava de um toque de humor para criar um balanço com o ambiente sombrio. Mas isto são apenas pequenas queixas”, escreve.

O último episódio da nova série vai ser lançado na Disney+ a 19 de dezembro. Como se trata de uma minissérie, é pouco provável que tenha segunda temporada, mas não é impossível. Afinal, “The White Lotus”, da HBO, também devia ser um projeto limitado, mas já estão prestes a arrancar as gravações do terceiro capítulo.

A seguir, carregue na galeria para conhecer outras estreias de novembro que vale a pena acompanhar.

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