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Setúbal vai receber uma palestra gratuita em homenagem a Joana Luísa

A antiga mulher do poeta Sebastião da Gama completaria 102 anos a 28 de fevereiro.
Morreu aos 91 anos.

A história de Joana Luísa ainda hoje é um marco para Setúbal e não só. A mulher do poeta Sebastião da Gama morreu em 2014, mas continua a ser celebrada pela sua fidelidade, dedicação e eterna gratidão ao marido e ao universo da cultura. Ainda este mês, vai poder recordar todos esses momentos numa palestra organizada em sua homenagem. 

A Casa-Memória Joana Luísa e Sebastião da Gama, em Azeitão, vai acolher um encontro gratuito a 21 de fevereiro, uma sexta-feira, às 16 horas. A homenagem acontece poucos dias antes do aniversário de Joana Luísa, que completaria 102 anos a 28 de fevereiro.

Após a sua morte, doou a própria residência onde viveu com o marido, em testamento, à Associação Cultural Sebastião da Gama. E assim nasceu o espaço que é hoje visitado. A palestra será organizada pelo professor João Reis Ribeiro e outros convidados do ciclo de Conferências Valorizar o Património. 

Joana Luísa e Sebastião da Gama entraram para a história não só por causa do contributo dado à cultura portuguesa, mas também pelo amor único que tinham um pelo outro. O poeta azeitonense morreu de forma prematura, aos 27 anos, deixando uma curta, mas notável obra poética dedicada a uma das suas paixões, a Arrábida. Joana continuou o legado do marido, mantendo-o vivo, a partir de publicações dos seus trabalhos, como o acalmado “Diário”.

Os dois terão começado a namorar em 1944, tendo-se casado sete anos mais tarde no Convento da Arrábida. A morte do poeta aconteceu nove meses depois da cerimónia.  

 A Casa-Memória Joana Luísa e Sebastião da Gama fica no número 105 da Rua José Augusto Coelho. O equipamento cultural tem, no piso inferior, uma linha cronológica com datas e informações importantes sobre Sebastião da Gama e Joana Luísa, além de fotografias.

Os visitantes podem encontrar ainda uma exposição com objetos pessoais pertencentes ao poeta, como, por exemplo, uma pasta em cabedal, caneta e lapiseira, as fitas académicas pela conclusão da licenciatura em Filologia Românica, na Faculdade de Letras de Lisboa, com dedicatórias e assinaturas de diversos colegas, entre eles David Mourão-Ferreira, Luís Amaro e Andrée Crabbé Rocha.

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