A história do pequeno Benjamim, filho de Pedro Chagas Freitas, comoveu o País e fez aquilo que apenas um escritor consegue realizar: transformar a mágoa em literatura. Foi precisamente esse o mote que deu origem ao seu novo livro, “Hospital de Alfaces”, onde o autor reflete sobre o amor e o quão efémera é a vida, através da interligação de gerações.
“O ‘Hospital de Alfaces’ é isso. Uma história que dói mas que abraça. Uma história que sangra mas que salva”, pode ler-se na sinopse do livro. Com base naquilo que passou, durante a hospitalização de três meses do filho (de seis anos, na altura), com uma doença rara e crónica, e que partilhou nas redes sociais (lançando um apelo a dadores de fígado), o escritor partilha toda esta experiência, mostrando como é difícil ter um filho nesta situação e, ao mesmo tempo, reforçando a ideia de que ninguém está sozinho.
“Foi o livro mais duro que já escrevi. Cada palavra vinha carregada de emoção, de lembranças que ainda doem, de momentos em que não sabia se haveria amanhã. Não há forma de escrever sobre a fragilidade da vida sem sentir essa mesma fragilidade a cada página. Ao mesmo tempo, foi libertador. Escrever, de alguma forma, também cura”, contou o autor em declarações à revista Sábado.
O autor está a percorrer o País, numa tour de promoção do livro. Este domingo, 26 de abril, estará na Biblioteca Municipal de Setúbal para a apresentação da obra. A entrada é gratuita e o evento começa às 16 horas.
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