Quatro dezenas de fotografias de figuras e atividades típicas do concelho estão expostas no Museu do Trabalho Michel Giacometti. A exposição foi inaugurada no passado sábado, dia 15 de janeiro, às 16 horas. “40 Anos, 40 Imagens — Figuras Típicas de Setúbal” é uma mostra organizada pela Câmara Municipal de Setúbal, onde o fotógrafo Fernando Pinho reúne imagens, captadas em suporte analógico no início da década de 80, que representam figuras típicas que circulavam na cidade naquela época.
Segundo a autarquia, “trata-se de uma viagem ao passado onde ficamos a conhecer algumas das profissões ou atividades características da cidade, como vendedores de castanhas, descarregadores de peixe, pescadores, amoladores, engraxadores, vendedores de cautelas e ardinas”.
As imagens foram convertidas para o processo digital e o objetivo da mostra é relembrar e recuperar os rostos e as memórias de algumas das figuras que circulavam em Setúbal há 40 anos. É uma forma de homenagear todos aqueles que marcaram o pulsar da vida em comunidade naquela época.
A exposição pode ser visitada até ao dia 27 de março e a entrada é livre. O Museu do Trabalho Michel Giacometti está aberto de terça a sexta-feira, das 9h30 às 18 horas, e aos sábados e domingos, das 14 às 18 horas.
É no Largo Defensores da República, junto ao Miradouro de São Sebastião que encontramos o Museu do Trabalho Michel Giacometti, um verdadeiro hino à indústria conserveira e ao mundo do trabalho. A antiga fábrica Perienes como espaço industrial conserveiro iniciou a sua atividade entre 1908 e 1919 pela sociedade Benzinhos & Ribeiro. Só em 1919 é que passou para as mãos de Mathias Perienes juntamente com um escritório na Avenida Luísa Todi e um armazém na Ladeira de São Sebastião.
A fábrica funcionou até setembro de 1971. No ano de 1991 é comprada pela Câmara Municipal de Setúbal, com o objetivo de ali se instalar definitivamente o Museu do Trabalho, inaugurado a 18 de maio de 1995, Dia Internacional dos Museus.
Apesar de ter aberto ao público apenas em 1995, o museu nasceu a 25 de abril de 1987 quando recebeu a exposição fundadora, “O Trabalho Faz o Homem”, com uma coleção inicial recolhida pelos estudantes do Serviço Cívico Estudantil em 1975 sob a orientação do etnomusicólogo Michel Giacometti, que tinha chegado a Portugal em 1959. Reúne um espólio de vários instrumentos ligados ao mundo de trabalho.