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Exposição recorda uma “das mais importantes figuras da história contemporânea de Setúbal”

A mostra “150 Anos do Nascimento | Fran Paxeco — Vida e Obra” está patente na Galeria Municipal do 11, até 22 de fevereiro.
É de entrada gratuita.

As homenagens são uma forma de preservar quem deixou marcas profundas em alguém, num sítio, ou em vários — e foi mesmo isso que aconteceu com Manuel Fran Paxeco. O setubalense, com uma sólida carreira como escritor, jornalista e diplomata, com interesses na área da história e economia, foi autor de vários livros e estudos relevantes. Elevou o nome da cidade e deixou um legado que, agora, todos os interessados podem conhecer de perto.

No dia 8 de janeiro, quarta-feira, foi inaugurada a mostra “150 Anos do Nascimento | Fran Paxeco — Vida e Obra”, na Galeria Municipal do 11. Por lá, vai encontrar dados bibliográficos e documentais, numa organização da Câmara Municipal de Setúbal, que “dá a conhecer o percurso pessoal e profissional” do autor do século XX, explica a autarquia.

“Estamos aqui a recordar e a homenagear este importante setubalense, a quem temos de continuar a agradecer o legado que nos deixou. Cumprimos assim, uma vez mais, o nosso dever de preservar a nossa história local e de valorizar a nossa identidade”, disse o presidente da Câmara Municipal, André Martins, na abertura da exposição, que fica patente até dia 22 de fevereiro.

Pretende-se ainda, “colmatar a falta de conhecimento mais amplo” sobre “o que fez este ilustre setubalense e os méritos que teve, e que foram notórios, ao longo da sua vida”, conclui o autarca. O investigador de história local, António Cunha Bento, contribuiu para a mostra com “um conjunto de obras produzidas por Fran Paxeco para constarem na exposição”, assim como “uma réplica do tríptico dos ilustres setubalenses onde o escritor e diplomata se encontra representado”.

Vai encontrar “bens pessoais doados e outros emprestados por Rosa Machado, neta de Fran Paxeco”, com destaque para “um relógio de bolso, o passaporte diplomático, a caderneta militar e um marcador de livros em prata, além da Medalha da Cidade e diploma honoríficos atribuídos pela autarquia em 2024”.

A exposição, “que conta com oito painéis com fotografias, documentos e recortes de jornais sobre a vida e obra do homenageado”, é de entrada gratuita. Pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 11 às 13 horas, e das 14 às 18 horas, na Galeria Municipal do 11.

Fran Paxeco nasceu em Setúbal, a 9 de março de 1874. Morreu dia 17 de setembro de 1952, aos 78 anos. Escreveu “sobre história, literatura e economia, em jornais e revistas, publicou vários livros, desempenhou cargos diplomáticos no Brasil e na Inglaterra e foi secretário do presidente da República Bernardino Machado”. Morou em São Luís do Maranhão, no Brasil, onde “teve uma participação cívica” ativa:  foi cofundador da Faculdade de Direito, da Escola de Belas-Artes e diversas associações e institutos.

Dedicou-se à investigação, ao estudo e à produção de conhecimento sobre diversas matérias. Foi responsável pelo discurso de inauguração da Glorieta a Luísa Todi, em Setúbal, em outubro de 1933.

Já que estamos a falar de cultura, carregue na galeria para conhecer a programação completa do Fórum Luísa Todi durante o mês de janeiro. 

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