Existem duplas improváveis que resultam na perfeição como é o caso de Clothilde & João Silva. A primeira vez que trabalharam juntos em concerto foi este ano, no OUT.FEST, que decorreu no Barreiro. Ela, nas máquinas e sintetizadores modulares e ele, na trompete e eletrónicas. O espetáculo protagonizado pelos dois artistas chega a Setúbal esta sexta-feira, 17 de novembro.
O evento está marcado para as 21h30 e decorre na Sala José Afonso da Casa da Cultura. A iniciativa faz parte do ciclo de concertos organizado pela Disrupção — Associação Cultural, centro de criação e promoção da Música e Artes Sonoras Contemporâneas, com sede em Setúbal. Esta apresentação tem como “ponto de partida uma residência artística que teve lugar em setembro de 2023, no Auditório Municipal Augusto Cabrita, promovida pela OUT.RA — Associação Cultural”, explica a organização. Os bilhetes para assistir ao espetáculo, organizado pela Disrupção — Associação Cultural, com o apoio do Município de Setúbal, custam 4€. Podem ser comprados na bilheteira online.
Dos artistas, sabemos que “em qualquer conversa com Clothilde sobre a sua música, surge com recorrência a expressão ‘as minhas máquinas’. Refere-se à maquinaria que Zé Diogo, o seu parceiro, constrói de raiz para criar as suas ambiências únicas. Na voz de Clothilde, ‘as minhas máquinas’ ganham um novo sentido, o tom, as pausas, descrevem uma empatia única com elas, em simultâneo fica a sensação de que Clothilde e elas — as máquinas — são um ser único que, quando em funcionamento, se deixam dominar por uma certa imprevisibilidade do momento”.
Já João Silva, “é reconhecido como uma das figuras emergentes da música contemporânea e experimental em Portugal, apresentando-se frequentemente em alguns dos mais importantes festivais e salas de concerto por toda a Europa”. Tem “dedicado especial atenção ao cruzamento entre o instrumento e o universo da eletrónica”. De entre os seus mais recentes trabalhos, destacam-se PLUGGED-IN, um projeto de performance e investigação em torno da música dos séculos XX e XXI para trompete e eletrónica, a colaboração com os L.U.M.E. — Lisbon Underground Music Ensemble, a parceria com Vítor Joaquim, de onde resulta a participação nos álbuns “The Construction of Time”, em 2020 e “Quietude”, em 2021.
A Disrupção — Associação Cultural foi fundada em 2019, em Setúbal, assumindo-se como um centro focado na criação e promoção da música e artes sonoras contemporâneas, bem como em práticas interdisciplinares em articulação com diversas esferas do plano artístico. Através de uma programação regular, alternativa e disruptiva, tem como principal missão a criação, o estímulo e a difusão da música contemporânea, nas suas mais variadas vertentes.
Já que estamos a falar de arte, carregue na galeria e conheça as estreias do mês de novembro nas várias plataformas de streaming.