Em algum momento da nossa vida, são despertados todos os personagens da icónica produção “Alice no País das Maravilhas”. Temos medo de chegar atrasados, como o Coelho, ou acreditamos com muita força no que achamos impossível ao estilo do Chapeleiro Louco. Somos confrontados com dúvidas sobre quem somos e o que queremos, como Absolem, a Lagarta, fez com Alice.
Também não nos podemos esquecer do Gato de Cheshire, o companheiro da personagem principal ao longo da trama que faz tudo o que quer — como tantas vezes nos apetece — e, claro, da destemida Rainha de Copas, que vai ser o maior pesadelo no sonho de Alice. No meio de tanta ficção, há uma certeza: vai poder assistir ao espetáculo musical “Alice no País das Maravilhas”.
O evento decorre no dia 5 de outubro, sábado, na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, às 16 horas. Esta é uma história “encantadora e intemporal, cheia de simbolismos, que estimulam a imaginação”, como explica a organização, articulada entre a GATEM — Espelho Mágico e a Proeza Arrebatadora.
E acrescenta: “Um musical para toda a família, adaptado do célebre conto de Lewis Carroll, que ficou para a história como um dos mais importantes símbolos da infância e juventude, e que encerra uma das mais belas mensagens sobre os valores e a importância da amizade. Porque, neste mundo imaginário, não há limites entre o sonho e a realidade”.
Em 2023, o espetáculo, que se realizou no mesmo local, esgotou. Os bilhetes já estão à venda e custam 12€ para o público geral e 10€ para os sócios da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense. Pode comprá-los online, através do email info@nullproezaarrebatadora.pt ou nas lojas MEO, Worten, FNAC, El Corte Inglés ou Paga Aqui.
A GATEM surgiu em 1995, pelas mãos de Céu Campos, Ricardo Cardoso e Fernando Guerreiro que, entretanto, morreu. Na altura, os fundadores tinham dois programas de autor na rádio PAL, já extinta: “Arestas de Vento” e a produção infantil “Espelho Mágico”, conta Céu à New in Setúbal.
“Passámos por muitas rádios e estivemos sempre ligados à comunicação. Existiam muitos autores a trabalhar connosco, assim como músicos e outros artistas. A ideia foi juntar essa boa gente e fazer um projeto de teatro. Tínhamos todos os ingredientes ali ao nosso lado”, acrescenta a diretora da companhia. Começou por ser o Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico e, em 2016, formou-se a GATEM, Cooperativa Cultural, CRL.
No fundo, a essência da GATEM está em fazer “teatro para toda a família”, em formato de peças musicais, sempre com algo a “comunicar e transmitir”, de uma maneira “didática, lúdica, com muita fantasia e muita cor”. Fazem parte deste projeto com quase três décadas, no total, cerca de 20 elementos, tendo cerca de dez peças em cena.
A GATEM produziu 41 peças teatrais, em especial “para a infância e para toda a família”, prestando um “relevante contributo na dinamização cultural do concelho de Setúbal”, além de organizar, em parceria com a Câmara Municipal, o Bambolinices — Festival de Teatro e Artes Performativas, que já teve três edições, explica a autarquia sadina.