Quando falamos em 50 anos é impossível não nos lembrarmos do que aconteceu no passado. Mas não é só no que toca ao tema do que era o governo português, a vida económica, política e social, nem de como era o povo na altura — seja nos hábitos, costumes ou, até, no modo de vestir. Volvidos 50 anos, ficou na história completa de um País, mas também de uma região, que é Setúbal.
Na altura, foi fundado o MAEDS — Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal. A nova exposição, “Retrospetiva: 50 Anos MAEDS”, inserida nas celebrações do cinquentenário do museu, faz uma viagem pelas últimas décadas.
A inauguração é este sábado, 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, pelas 16 horas. Esta é “uma oportunidade para conhecer a importância do trabalho do museu na preservação e valorização do património cultural da região de Setúbal”, explica a organização.
E acrescenta: “A exposição apresenta uma mostra documental que retrata o dinamismo do MAEDS desde a sua fundação, em dezembro de 1974, até à atualidade. Através de fotografias, documentos e objetos, os visitantes poderão conhecer a evolução do museu ao longo destas cinco décadas, assim como a importância da investigação científica desenvolvida pelo Centro de Estudos Arqueológicos. A exposição destaca, as atividades que o museu tem vindo a desenvolver para promover a educação, a investigação e a divulgação do património cultural”.
A entrada é gratuita e pode visitar a galeria até 11 de janeiro de 2025. O MAEDS foi fundado em 1974. “É um lugar de memória, um espaço de cultura ao serviço da sociedade que possui valioso acervo de Arqueologia e Etnografia representativo da nossa região e algumas peças de arte contemporânea. A exposição permanente é constituída por um setor de Arqueologia e outro de Etnografia”, explica o site oficial. Há mostras temporárias, uma programação cultural vasta, além das atividades de serviço educativo e de investigação.
Já que estamos a falar de história, recorde o artigo em que entrevistámos o historiador setubalense Diogo Ferreira, sobre a mais recente obra “A Greve Geral Revolucionária de 18 de Janeiro de 1934 à beira Sado: O descuido estratégico e a ausência da Barcelona Portuguesa”, um episódio que levou à prisão de centenas de setubalenses na altura do Estado Novo.