O Arrábida Flea Market está de regresso e promete superar todas as edições anteriores. O evento, que volta a ocupar o Mercado da Conceição, realiza-se já este sábado e domingo, nos dias 8 e 9 de novembro, entre as 10 e as 19 horas, e tem uma novidade. Nesta edição, o destaque vai para uma banca solidária de recolha de roupa, que pretende unir moda sustentável e responsabilidade social.
Mariana Sousa, uma das responsáveis pelo projeto, explica que o mercado mantém a essência que o tornou num sucesso entre os amantes de moda em segunda mão, mas eleva agora a fasquia na curadoria, na diversidade e no impacto social.
Um mercado mais criterioso e diversificado
Esta edição do Arrábida Flea Market foi a primeira a funcionar exclusivamente através de candidaturas para vendedores, um processo mais rigoroso do que o habitual, que permitiu à organização selecionar as 36 bancas entre as 61 candidaturas recebidas. “Nesta edição pudemos escolher quem é que ia estar presente. Vão ser bancas diferentes nos dois dias, o que nos permite oferecer maior diversidade a quem nos visitar”, explicou Mariana Sousa.
O objetivo foi garantir a maior diversidade possível, tanto em termos de público, como de oferta. “Queremos ter roupa de homem, mulher e criança, para todas as idades e tamanhos. Analisámos as plataformas onde os candidatos vendem roupa, pedimos fotos de, no mínimo, cinco peças, para perceber o top cinco de cada um e avaliar se tinham qualidade e potencial”.
O resultado é um mercado mais equilibrado e diversificado, com artigos selecionados criteriosamente para assegurar que o público encontra roupa e acessórios com qualidade, capazes de ganhar uma segunda vida. Além disso, não haverá bancas repetidas entre sábado e domingo: uma rotatividade que garante maior variedade e uma experiência renovada a cada visita.
Banca solidária para doar roupa
A principal novidade desta edição é a banca solidária de recolha de roupa, uma iniciativa que promete juntar sustentabilidade, solidariedade e comunidade. “Esperamos conseguir atrair ainda mais público com esta nova vertente, porque sabemos que muitas pessoas têm roupa em casa que já não usam, mas que está em bom estado. Assim, podem vendê-la ou doá-la, ajudando famílias necessitadas”.
A banca vai estar ativa durante todo o mercado e receberá não só peças de vestuário, mas também acessórios como sapatos, gorros e luvas. “Eu própria vou estar lá a receber a roupa e a fazer uma seleção, para garantir que está tudo em bom estado. Não aceitamos peças com borbotos, manchas ou rasgões, queremos que as pessoas que precisam recebam coisas boas. Depois dividimos por categorias, homem, mulher, criança, antes de as entregar às instituições”, explica Mariana.
As doações serão entregues a grupos solidários locais e instituições religiosas, como a Igreja de São Paulo, que já tem histórico de acolher este tipo de iniciativas. Além disso, a equipa está em contacto com uma responsável por um grupo no Facebook que articula pedidos específicos de famílias carenciadas.
A introdução da vertente solidária surge como um passo natural num evento que sempre promoveu a moda em segunda mão e o consumo consciente. “Queremos que esta componente solidária se mantenha em futuras edições. É uma forma de fomentar a moda sustentável e, ao mesmo tempo, ajudar o próximo”.
O mercado reforça assim a ideia de que comprar e doar podem coexistir, e que cada peça em bom estado pode ter mais do que uma vida. Para a organização, esta é também uma forma de aproximar o público de práticas mais responsáveis, incentivando uma economia circular mais consciente e acessível.
Arrábida Flea Market
À semelhança das edições anteriores, não existe pagamentos por multibanco, pelo que as compras devem ser feitas em dinheiro ou via MB Way. A organização recomenda que os vendedores levem trocos e que os visitantes vão preparados com meios de pagamento digitais ou com dinheiro (e com trocos, para facilitar as aquisições).
E embora o foco principal continue a ser a moda em segunda mão, o ambiente do mercado é pensado para passar o dia: com bancas bem organizadas, boa energia e muita interação entre vendedores e visitantes, o evento mantém-se um dos momentos mais aguardados da agenda setubalense.
“Com esta nova banca solidária e o processo de seleção mais rigoroso, acreditamos que esta edição vai superar todas as anteriores”, sublinha Mariana Sousa.
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