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Esta marca setubalense vende velas mágicas (e lindas)

Inês Duarte criou a Althea devido à sua paixão pelo mundo da astrologia. Cada vela tem características e aromas próprios.
A vela Ártemis.

Inês Duarte sempre foi uma rapariga sensível. Não queria ser o centro das atenções em nada e sentia que estava a reprimir-se a ela mesma por não deixar transparecer essa intensidade e brilho. Podemos dizer que, dentro de si, sentia um mundo — talvez seja por isso que tem uma ligação especial com o céu, as estrelas e as constelações, ao ponto de criar uma marca de velas dedicada ao seu amor pela astrologia.

A jovem setubalense de 23 anos concluiu o ensino secundário em Línguas e Humanidades na Escola D. João II, em 2018. No entanto, não prosseguiu os estudos por iniciativa própria, porque sentia que “não era a escola que procurava nem eram aqueles livros que a prendiam”. Teve vários empregos, em áreas diferentes, que a ajudaram no “desenvolvimento e crescimento pessoal” e que lhe deram “capacidades” que pensava não ter. A verdade é que desde miúda que o céu e os planetas a fascinam. Sempre se perdeu nas estrelas e se questionou acerca do universo.

Tinha curiosidade sobre o que poderia estar para além do que conseguimos ver e o que havia para descobrir, em todos os sentidos. “A minha mãe alimentou o meu fascínio quando dizia que o meu signo era peixes. Dava por mim na escola a perguntar aos meus colegas quando tinham nascido, matutava na minha cabeça que signo poderiam ser e assim toda uma curiosidade floresceu dentro de mim. Falava do sol e da lua todos os dias, até que chegou o dia que descobri ‘o mapa’ que as estrelas traçam no céu quando cada um de nós nasce e fez-se ainda mais luz”, acrescenta.

Por tudo isto, a astrologia já a acompanha há algum tempo, ao passo que também se tem desprendido cada vez mais do tabu que sente que a sociedade associa ao tema. Por esta razão, tem existido uma grande expansão do seu conhecimento e também de quem está ao seu redor, “ao ponto de qualquer um de nós poder pesquisar sobre o tema em qualquer rede social. Irá obter algum tipo de informação, vaga ou não”.

Voltando à menina tímida que Inês sempre foi, assume que o ponto de viragem foi quando descobriu que no dia em que nasceu “o céu e o universo mergulharam os três pontos mais relevantes e importantes” do seu mapa astral “nas águas dos três signos do elemento de água”, já que no campo da astrologia, os três pontos mais importantes para nos “definir” são o sol, a lua e o ascendente, e todos estes, quando Inês nasceu, estavam nas constelações dos três signos de água.

Inês está a tirar o curso online de Astrologia, na Academia de Astrologia Terapêutica. O seu objetivo é tornar-se astróloga e partilhar a sua “visão com o mundo”. Tudo o que aprendeu até hoje foi na Internet. “Via imensos vídeos sobre os temas que queria descobrir, em livros que lia e em vários apontamentos que fui tirando ao longo desta jornada. Juntou-se a fome de conhecimento e a vontade de realmente estudar”, diz à NiS.

A inspiração divina em cada vela

Em setembro nasceu, assim, a Althea. A ideia surgiu quando a jovem se encontrava desempregada, em 2022. “Precisava de experimentar algo novo. Resolvi comprar um pacote pequeno de cera de soja, fragrâncias, pavios e ilhós e pus as mãos na massa. Fui testando produtos, consistências, aromas até encontrar a minha fórmula”, conta. A Althea, enquanto gama, é baseada em produtos naturais, eco-friendly e o seu propósito é que “cada cliente tenha uma experiência sensorial ao acender pela primeira vez a vela”. Tem aromas “fixadores e uma temática distinta de todas as outras que já se viu”.

O processo de fabrico das velas começa no seu laboratório: a cozinha. “É lá onde preparo, organizo e produzo as velas. Começo por fazer a dosagem da cera que preciso para cada vela, preparo os copos, primeiro higienizando os mesmos e depois colo os pavios. A cera é aquecida em banho-maria até derreter completamente e ganhar a temperatura necessária para que possa adicionar a fragrância e assim misturo até que esteja pronta para verter no copo. Após este processo, não mexemos mais na vela até que esta solidifique completamente”, explica.

A criação de cada vela surge pela sua própria inspiração e gosto. “Guio-me por temas que me cativam e acabo por dar o meu toque a cada produto que idealizo. A minha primeira coleção, Crystalina, inspirou-se em deusas e no que cada uma representa para mim, tal como a sua estética, que foi pensada ao pormenor para que até mesmo os aromas estivessem a condizer com a energia que transmitem”, diz.

Para a decoração, utiliza vários outros componentes como flores, cristais, glitters, para que a experiência de ter uma Cystalina seja “única”. Cada Crystalina tem um cristal associado, que ativa a energia da deusa a que se liga, dando mais significado à vela e, lá está, cada uma com um aroma único e diferente.

O objetivo desta coleção foi chegar a todos, tendo assim seis modelos diferentes, com seis fragrâncias que se distinguem entre si. “A variedade era um fator importante, tendo a consciência que todos nós temos preferências. Assim, criei cheiros adocicados, amadeirados, frescos, quentes, dando a oportunidade de qualquer um de nós escolher a sua Crystalina favorita”.

Todos os modelos das velas Crystalina estão disponíveis e prontos para perfumar a sua casa. Há dois tamanhos disponíveis. O de 70 gramas, que consiste num pote com tampa (8€) e o outro tamanho contém 115 gramas de cera de soja e traz consigo dois pavios, para que a queima seja completa e estável, tendo assim um custo de 12€. Existe também a possibilidade de adquirir duas Crystalinas grandes à escolha por 20€ ou duas pequenas por 15€. Neste caso, ambos os conjuntos trazem um presente.

Quem foi Althea?

Althea era a “deusa da verdade, da compaixão, empatia e cura”, explica Inês. “Transportava em si a capacidade de dar amor ao próximo e de trazer conforto emocional e espiritual a quem necessitava. Era conhecida pela gentileza e sensibilidade para com o outro, era inspiração para quem passava por transformações internas por trazer consigo a veracidade de tudo e a intensidade da sua energia reconfortante. O objetivo dela era chegar a quem ela tocava e curar-se a ela mesma, curando e ajudando os demais. Inspirou-me. Vi-me nela a primeira vez que vi o seu nome e li a sua história. Encaixou comigo e nada melhor que relembrá-la chamando Althea ao projeto”, revela.

Se comprar uma das velas, existem cuidados a ter em conta. Na primeira queima, deixe que a cera derreta sensivelmente durante uma hora, para criar um lago na superfície do copo e, assim, aproveita toda a vela porque a cera de soja tem memória e fará sempre buraco se não derreter de forma uniforme. Como todas as Crystalina levam flores, aconselha-se a retirá-las sempre que possível também na primeira queima, para evitar quaisquer distúrbios. Na recolha das flores, pode fazê-lo diretamente com a mão, porque a cera não vai queimar a pele por ser de soja. As Crystalina têm uma duração de 44 horas de queima seguida se for sempre feita da mesma forma que a primeira: criando o lago de cera na superfície. 

Para encomendar uma Crystalina — ou outra que tenha idealizado — basta entrar em contacto pelo Instagram ou por mensagem no WhatsApp para o 919 147 658, mostrar a sua ideia ou dizer qual a vela que quer comprar. Fique atento, porque está também a chegar a coleção de Natal. “Dizem que as velas da Althea são as mais cheirosas e bonitas, que não existe nada igual nos arredores, são uma novidade e uma experiência totalmente diferente de todas as outras que tenham com velas. Costumo dizer que são as minhas velinhas encantadas e cheias de amor para que cada um sinta isso ao pôr os olhos nas Crystalinas”, remata Inês.

Em seguida carregue na galeria e conheça todas as velas que pode comprar na Althea.

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