Inicialmente, começou por estar sozinha, juntamente com a irmã tristonha. A “smiley face”, o famoso emoji amarelo que agora encarna mil e uma personalidades e incontáveis cores e formatos, já tem mais de 50 anos. E embora mais velho, o smile não deixa de ser um ícone de moda e percorre todo o mundo — até está presente em grandes produções cinematográficas.
Este símbolo universal surgiu em 1963, pelas mãos de Harvey Ross Ball. O artista, natural de Massachusetts, estava encarregue de criar uma imagem que pudesse animar os funcionários de uma empresa chamada State Mutual Life Assurance Company, localizada em Worceste. Foi com esta missão que surgiu, pela primeira vez, o círculo amarelo, dois pontinhos pretos e um risco curvado para cima.
Fez o trabalho em dez minutos e todos os empregados usaram a imagem como crachá — foi apenas o princípio da história de um dos maiores, mas mais simples, desenhos criativos. Ball nunca registou a invenção em seu nome e quem acabou por fazê-lo foi Franklin Loufrani. Em 1996, a marca foi transformada numa empresa multinacional chamada The Smiley Company. Em Setúbal, há uma loja que dedicou uma coleção inteira ao símbolo.
A Cale home, especialista em peças de cerâmica handmade, tem smiles nos copos, nas chávenas e nos pratos. É a proprietária do negócio, Carolina Leão, que faz o desenho e projeta peça a peça. A produção é feita numa fábrica de artesãos, que pintam manualmente. As cores de todos os produtos da coleção smile têm tons neutros e pastel, do rosa-claro ao branco. Claro que todos os objetos têm um sorriso pintado.
Estão à venda a chávena pequena com pires (14,50€), a manteigueira (33€), o prato individual “smile opens all doors” (29,95€) ou ainda o prato com o smile, que pode comprar individualmente (29,95€) ou o conjunto de quatro (107€). Existiam outras peças, mas já estão esgotadas. Pode encomendar online ou adquirir os produtos na loja física, na zona da Baixa setubalense.
A marca Cale nasceu em 2022, mas foi no dia 17 de fevereiro que abriu o primeiro atelier, pronto a receber as alunas que queiram aprender esta arte. Depois dessa aventura, foi altura de colocar o projeto de ensinamento de lado e começar a Cale home, a loja física que abriu na cidade a 8 de julho.
Carolina Leão, 35 anos, nasceu em Goiás, no centro do Brasil, mas cresceu na Amazónia e, por isso, viveu sempre perto da natureza, do rio e dos animais. Voltou para o centro do país para tirar o curso de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Paulista (UNIP), em 2015. Estagiou num prestigiado escritório de arquitetura, com Cláudia Zuppani, mas nunca chegou a exercer a profissão. No mesmo ano, foi para a Irlanda com o marido, Paulo Augusto, 38 anos, para fazerem um intercâmbio de inglês.
A verdade é que gostaram de morar na Europa e, por isso, não equacionaram regressar ao Brasil. Em 2017, decidiram vir para Portugal, juntamente com as filhas Maria Clara, que na altura tinha dez anos, e Bela, com apenas dois meses e meio. Até porque Carol tem ligações com o País, já que os bisavós eram portugueses e viviam no Montijo (pelo menos, é o que Carol pensa, já que é a localidade em que falam, embora a avó não consiga precisar).
“Não foi nada planeado. Simplesmente viemos para cá. Primeiro ficámos na Moita, mas queria mesmo vir para Setúbal porque era completamente apaixonada pela Serra da Arrábida e a cidade é incrível”, confessa à NiS. Quando chegou, trabalhou na área da decoração, mas no setor das vendas. Na altura da Covid-19, percebeu que não era aquilo que a fazia realmente feliz.
No espaço físico, vai encontrar diversas opções para decoração, mas também para usar no dia a dia, e todos com designs pensados ao pormenor, super cutes, criativos e cheios de cor. Há desde canecas, pratos, pires, jarros e outros elementos, com diferentes padrões e tamanhos — difícil vai ser escolher um conjunto só.
Carregue na galeria para conhecer a coleção smile.