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Outubro no Calma Calma vem com novidades no menu, chefs pop‑up e festa de Halloween

O restaurante setubalense prepara uma mudança de estação gastronómica, colaborações foca da caixa e uma noite temática.

Com a chegada de outubro, o Calma Calma vai ajustar a carta para se alinhar com os produtos da estação. Lovejoy revela que “o novo menu vai apresentar produtos locais e, com a mudança da estação, os ingredientes também mudam”. Ou seja: adeus aos ingredientes de verão e olá aos sabores mais aconchegantes, desde abóboras, maçãs, peras e composições que valorizam a agricultura local.

A abordagem vai ser uma espécie de ‘freestyle’, ao qual o Chef Seb já nos habituou, adaptada à disponibilidade do que chegar às bancas e ao que fizer sentido para manter a qualidade que caracteriza o restaurante. Nas sobremesas, por exemplo, esperam-se preparações com maçã e pera, frutas características do outono português. Em consonância, haverá também muita abóbora, tanto em sobremesas, como em receitas inspiradas neste ingrediente versátil.

Além disso, o Calma Calma vai manter a filosofia da originalidade, com takeovers de chefs convidados para trazer frescura e variedade. O próximo é com a chef Margot, que promete ser uma das grandes surpresas da nova temporada do Calma Calma.

Nascida em Boston e com raízes haitianas, Margo é muito mais do que uma cozinheira talentosa: é jornalista premiada, autora e criadora culinária reconhecida internacionalmente. Atualmente baseada em Lisboa, tem dedicado os últimos anos a divulgar a gastronomia e cultura haitiana em eventos intimistas e jantares temáticos.

Autora de “The Expat Kitchen” e “Quick Guide to Lisbon”, o seu percurso inclui colaborações com publicações como o The New York Times, BBC, Público ou Refinery29.

No Calma Calma, vai trazer um toque da sua herança caribenha e da experiência global, introduzindo sabores tropicais e técnicas artesanais que dialogam com os produtos locais. O resultado promete ser uma fusão criativa entre Lisboa, Haiti e Setúbal: um encontro de culturas à mesa. “Em vez de full takeover, Margo vai trazer algumas criações específicas, que complementam o menu do Calma Calma”.

Pop‑ups artísticos, cultura e refeições como experiência coletiva

Muito além de um restaurante, o Calma Calma sempre quis ser uma vitrine cultural e um palco para expressões criativas locais. “Assim como damos palco a diferentes artistas nas paredes, e vamos rodando mensalmente, queremos fazer o mesmo com o menu”. Ou seja, esperam que cada estação e cada takeover ou evento especial tenha também expressão visual, através de pinturas, música ou arte local integrando o ambiente do restaurante.

No campo dos eventos, um dos grandes destaques para outubro vai ser a noite do Dia das Bruxas. O objetivo é fazer um “fun Halloween event”, onde o clima formal se desfaz: baldes de cerveja, petiscos inspirados pela cultura filipina, karaoke e elementos que fundem gastronomia, festa e comunidade. “Queremos que as pessoas relaxem e aproveitem, mascaradas ou não. Eu vou usar um fato e queremos desafiar as pessoas a aparecerem com algo festivo”.

A mentalidade é clara: não basta comer bem, é preciso sentir, rir e partilhar momentos. A proposta de karaoke remonta à cultura filipina de Lovejoy, onde está presente em festas familiares, que têm como tradição este momento de celebração. A proposta é trazer essa intensidade para Setúbal, num ambiente descontraído e acolhedor.

Calma Calma: um espaço, dois conceitos

No Calma Calma, o restaurante e a mercearia não são apenas vizinhos, estão intimamente ligados. Os ingredientes que se compram na mercearia são os mesmos que dão vida aos pratos do restaurante. Tudo vem de pequenos produtores da região (sobretudo da zona de Palmela e arredores) que não têm, muitas vezes, plataforma própria para vender os seus produtos.

“A mercearia é a nossa forma de apoiar estes agricultores e de dar à comunidade local um ponto de compra no centro da cidade, onde quase não existem lojas deste género. Uma pessoa tem de andar 10 a 15 minutos para chegar ao Mercado do Livramento ou a um Pingo Doce”, explica Seb. “Não é um negócio pensado para lucro rápido, mas uma forma de valorizarmos a região e a comunidade que nos rodeia”.

A mercearia ocupa um espaço discreto, mas cuidadosamente organizado, com produtos sazonais, frescos e regionais, bem como alguns artigos importados de Itália. Há também uma seleção rotativa de vinhos portugueses e italianos, além de vender a famosa pasta fresca feita diariamente na cozinha de Seb, para quem quiser recriar a experiência com calma, em casa.

Os planos para os próximos meses visam consolidar uma identidade gastronómica ligada ao local e à cultura que o rodeia. O restaurante trabalha sempre com produtos frescos e o menu outonal reflete essa filosofia. A cada semana, chefs convidados trazem novas propostas, mas o restaurante mantém sempre o seu ADN: pratos que respeitam os ingredientes e que tragam originalidade e sabor.

Carregue na galeria para ver algumas das propostas do Calma Calma.

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