Portugal tem dos terrenos e dos produtores de vinho mais reconhecidos em todo o mundo. Da vinha ao engarrafamento e do moscatel ao rosé, há variedade para todos os gostos e carteiras. Uma coisa é certa: foram centenas de prémios conceituados que as empresas vitivinícolas receberam ao longo dos anos. Desses galardões, muitos deles foram para vinhos com monocasta, outros para produções com o blend perfeito.
Setúbal é das regiões que mais arrecada títulos e menções. Há vinhos antigos que têm muito valor, mas as novas colheitas, como a dos vinhos brancos da Quinta de Camarate, da José Maria da Fonseca, são sempre aguardadas pelos clientes mais curiosos. Estamos a falar do Branco Seco e o Branco Doce, já disponíveis no mercado. Com “perfis distintos e versáteis”, são produzidos a partir das mesmas castas: alvarinho e loureiro, tornando-se na proposta perfeita para a primavera.
Criado em 1986, e originalmente produzido com recurso às castas moscatel de Setúbal, riesling e gewurztraminer, o Quinta de Camarate Branco Seco 2023 sofreu uma renovação de castas na década de 90. Nessa altura, as castas estrangeiras foram substituídas pelas castas nacionais loureiro e alvarinho, acabando o moscatel por sair da composição do lote, a partir da colheita de 2009.
Este vinho é fresco e elegante. “Produzido com alvarinho (82 por cento) e loureiro (18 por cento), revela aromas frutados, com notas a melão verde, toranja e lantanas. De cor verde limão, é um branco que fermenta 100 por cento em aço inoxidável, em temperaturas controladas entre 16 a 18 graus. Deve ser consumido enquanto jovem, a uma temperatura de 8 graus, sendo o acompanhamento perfeito para pratos de peixe ou marisco”, explica a empresa, com sede em Azeitão.
Por outro lado, o Quinta de Camarate Branco Doce 2023 é suave, com notas florais a madressilva e jasmim. “Resultante de um blend de alvarinho (62 por cento) e loureiro (38 por cento), no paladar é um vinho suave com um bom equilíbrio e final de boca agradável e delicado. Recomenda-se que seja consumido a uma temperatura de 10 graus, como aperitivo ou como acompanhamento de sushi ou sobremesas. De cor amarelo ligeiro, é um branco que fermenta 100 por cento em cuba de inox a 16 graus.
Provenientes de solos argilo-calcários, os Quinta de Camarate Branco Seco e Branco Doce “refletem as características do terroir único da Quinta de Camarate”, em Azeitão. Esta propriedade da família Soares Franco, fundadora da José Maria da Fonseca, há várias gerações, tem uma área total de 120 hectares — 39 deles dedicados às vinhas. A restante área é utilizada para pasto das ovelhas, que dão origem ao famoso queijo de Azeitão, e que estão presentes no rótulo da Quinta de Camarate. O preço de cada garrafa é de 9,99€ e pode comprá-la online, na Casa-Museu José Maria da Fonseca, ou em outras superfícies comerciais.
Fundada há mais de 185 anos, a José Maria da Fonseca é uma empresa familiar, sendo que já conta com cinco gerações a gerir o negócio. Aliado à marca, está também, mesmo ao lado da Casa-Museu José Maria da Fonseca, o Wine Corner. Relembre o artigo em que contamos tudo sobre o espaço.
