Alguns alimentos e pratos costumam servir como combustível para discussões acaloradas entre amigos. Uma das especialidades mais polémicas é a carbonara, especialmente quando se debate a questão das natas. Porém, se houver um francês presente, a conversa irá provavelmente migrar para os croissants. O pólo da discórdia é sempre a massa: folhada ou brioche? Cada lado da barricada esgrime os seus argumentos sobre a autenticidade e legitimidade de cada receita com fervor — e os debates acalorados nem sempre acabam bem.
Curiosamente, a origem deste famoso bolo não é atribuída aos franceses, mas sim aos padeiros de Viena, na Áustria. Acredita-se que o formato em lua da massa folhada seja alusivo à bandeira do Império Otomano. Mais tarde, a partir de 1770, Maria Antonieta (natural da capital austríaca) introduziu e popularizou a receita em França. O croissant acabou por se tornar um ícone da cozinha francesa, mas ainda hoje é incluído no grupo das viennoiseries — termo que descreve o conjunto dos produtos originários de Viena — que inclui vários folhados, como o pain au chocolat, o pain aux raisins e o chausson aux pommes.
Histórias e discussões à parte, por cá, os croissants brioche são mais comuns nas pastelarias e padarias que os folhados. Se também pertence ao grupo dos que adoram este género de massa, mais densa e fofa, a Bárbara do blogue “Arco-íris na cozinha” tem a receita ideal. O melhor? A Bimby (ou outro robot de cozinha) trata de quase tudo.
Do que precisa
Para a massa
— 700 gramas de farinha T65 sem fermento
— 250 gramas de leite
— 200 + 100 gramas de manteiga (à temperatura ambiente)
— 50 gramas de açúcar
— 7 gramas de fermento de padeiro seco (ou 25 gramas de fermento fresco)
— 2 ovos
— 1 colher de chá de sal
Para a calda
— 200 gramas de açúcar
— 200 gramas de água
— 1 pau de canela
Como se faz
No copo da Bimby, adicione o leite, 100 gramas de manteiga e o açúcar. Aqueça por dois minutos a 37 graus e na velocidade dois. Incorpore os ovos e o fermento, misturando por dez segundos na velocidade seis.
Em seguida, acrescente a farinha e o sal. Selecione o modo amassar e programe para três minutos. Deixe a massa fermentar num local morno por aproximadamente 60 minutos, ou até que tenha dobrado de volume.
Enquanto isso, prepare a calda de açúcar. No copo, misture a água, o açúcar e o pau de canela, cozinhando por 15 minutos a 100 graus na velocidade um (inversa). Retire e reserve.
Numa superfície lisa, abra a massa com um rolo até obter um retângulo de 60 por 20 centímetros. Espalhe uniformemente 200 gramas de manteiga sobre a superfície da massa e dobre-a em três partes iguais. Gire a massa 90 graus, de modo que a parte dobrada fique à sua esquerda, e repita esse procedimento mais duas vezes.
Estenda a massa para criar um retângulo de 80 por 20 centímetros e corte triângulos. Enrole cada triângulo começando pela base mais larga até à ponta mais estreita e disponha-os numa assadeira forrada com papel vegetal.
Cubra a assadeira com um pano limpo e deixe levedar por 30 a 60 minutos, até que os croissants tenham dobrado de tamanho. Em seguida, leve-os ao forno pré-aquecido a 180 graus por 25 a 30 minutos. Quando os retirar do forno, pincele generosamente com a calda de açúcar, aplicando duas camadas.
