Durante 22 anos, existiu uma perfumaria na Rua Antão Girão, na Baixa. O negócio do setubalense Albertino Cândido, 58 anos, começou em 2000 e terminou em 2022. Ainda assim e, à semelhança do que fez durante toda a vida, onde trabalhou vários anos em países de todo o mundo, não baixou os braços e, depois de pensar, idealizou uma nova abertura, com um conceito diferente, igualmente no centro histórico da cidade.
A Taverna Invictus foi inaugurada em junho deste ano. O projeto deste restaurante já estava na cabeça de Albertino há muito tempo, mas tendo um negócio já duradouro não fazia sentido mudar, como revela à NiS. A pandemia de Covid-19 foi o ponto de viragem e o impulso necessário para finalmente realizar um sonho antigo.
Albertino era um jovem aventureiro. Depois de terminar a escola, fez as malas, arriscou e foi dar a volta ao mundo, passando por todos os continentes, ao longo dos anos. Ao longo do percurso, trabalhou em cruzeiros e hotéis. Em 1991, abriu o seu primeiro negócio, um hotel na cidade de Luanda, em Angola.
Em 2000, ao regressar a Portugal e à sua terra natal, Setúbal, abriu o seu segundo negócio, uma perfumaria, que encerrou há dois anos — como muitos outros espaços, este também sofreu as consequências da Covid-19, obrigando-o a fechar. Sendo o Albertino “um homem de riscos”, decide, então, abrir o seu terceiro negócio, no exato local da perfumaria: a Taverna Invictus, o restaurante de tapas e petiscos.
“A Taverna Invictus surge de um conceito inspirado nos Estados Unidos da América. Este género de negócio é muito comum e praticado lá fora e sempre fui fã destes ambientes. Era jovem adulto, quando fui sozinho, pela primeira vez, a um restaurante com este estilo. Apaixonei-me de imediato e, a partir daí, passei a frequentar diversos espaços relacionados a este tema”, confessa.
Ou seja, Albertino quis replicar no seu País, na cidade onde cresceu, o conceito que tanto adorou conhecer lá fora. Todo o design, decoração e gestão do espaço foi pensado somente pelo proprietário. Tinha a certeza do que queria e o que não queria e não lhe restaram dúvidas sobre como ia levar o projeto para a frente.
Uma curiosidade é que, juntamente com o nome, aparece o símbolo das cruzadas. “Destaca-se assim que entramos no restaurante e remete para o símbolo dos templários. Associo ao esforço e dedicação, em que mesmo num período difícil é possível sair de cabeça erguida”, acrescenta. O spot “é um espaço acolhedor e familiar apesar de muito característico na sua decoração”.
No fundo, o responsável procurou “trazer um ambiente íntimo, confortável e diversificado”, onde se conseguem reunir “grupos, casais como também pessoas que queiram estar na própria companhia”. A ementa planeada está preparada para quem procura uma boa refeição ou petiscos. Encontra tapas de presunto (9€) ou de morcela de porco preto grelhada (12,90€), mas também queijos de Azeitão (6€). Há ainda alheiras de caça (9€), aves (14,30€) e a especial (12,90€).
No menu existe hipótese de provar umas bolas italianas (3,40€), ou bolinhas de frango com sweet chilli (3,30€), mas também aros de cebola cerveja (2,90€), asas de frango picantes (7,60€), moelas (6,50€), pica-pau (9€) ou bochechas de porco preto (12,30€), entre outras alternativas. Se preferir algo no pão, há bifana (3€), prego (4,50€) ou sandes de presunto com queijo creme (6,50€). Existem opções vegetarianas.
“Neste restaurante, todos são bem-vindos e têm um lugar à mesa. Ao longe destes últimos meses, o feedback tem sido muito positivo e vai exatamente ao encontro do projeto idealizado. Os clientes sentem-se confortáveis e acolhidos num ambiente familiar, onde partilham tardes e noites de convívio animadas”, conclui o proprietário.
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