Depois de quase 30 anos a trabalhar como comissário de bordo da TAP, a restauração caiu “de paraquedas” na vida de César Gonçalves. Atualmente, com A Tasquinha, dedica-se por completo ao restaurante no centro de Setúbal que é um pequeno pedaço de todas as experiências que viveu pelo mundo. Mas antes do spot ser o que é hoje, tinha outros donos e era também um restaurante que César visitava com frequência.
“O sítio não era muito cuidado em termos estéticos e de limpeza”, recorda à NiS o antigo comissário de bordo de 50 anos. “Olhava e ficava sempre a pensar que era um espaço tão bonito e que eu gostava de ter algo deste género.”
Durante a pandemia de Covid-19, quando deixou de voar como comissário de bordo, descobriu que as antigas proprietárias já não queriam o restaurante. Decidiu telefonar para mostrar o interesse e, pouco tempo depois, assim fez. Nesta altura, ficou a saber que existiam vários interessados no spot e decidiu tentar a sorte.
“Disse ao dono que, se ninguém se chegasse à frente, que me ligasse para eu ir ver o restaurante. E assim foi. Naquele dia, ele ligou-me e disse que ninguém se tinha chegado à frente e ele queria despachar aquilo o mais rápido possível. Fui beber um café para pensar e decidi ficar com o espaço.”
A Tasquinha abriu em fevereiro passado e foi toda renovada por César, que decorou o espaço com alguns objetos comprados durante as viagens que fez nas últimas três décadas. “Tenho lá várias peças na parede, como cavalos marinhos grandes que trouxe do Brasil e que pesam uns 30 quilos”, partilha. Além disso, colocou frases e anedotas na parede que chamam a atenção de quem por lá passa.
A Tasquinha tem cerca de 16 lugares sentados no interior e cerca de 20 na esplanada. “Mas fomos fazendo o nosso caminho. Os estrangeiros são quase 90 por cento dos nossos clientes, especialmente norte-americanos, russos e franceses.”
O objetivo de César, que conta com o apoio da mulher, Carla, é fazer pratos “bons e simples”. Quase todos os dias, vai ao Mercado do Livramento ver os ingredientes frescos que pode comprar. “Vamos variando”, explica. “Os clientes foram-nos dando dicas do que mais gostam. Antes tínhamos muita carne, agora já temos mais peixe.”
Toda a comida é grelhada, com exceção dos pratos do dia, explica o fundador. Temos sempre o bife da vazia, frango e as ribs. Depois, podemos ter picanha, borrego, e para além da carne, temos dourada, robalo, peixe espada e choco.”
Os pratos de peixe são acompanhados por salada e batata e rondam as “600 e 700 gramas”. Variam entre os 12€, para um peixe espada, 16€, no caso do robalo e da dourada e pode chegar até aos 21€, no caso de linguado e polvo.
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